Affonso Eduardo Reidy nasceu em Paris em 1909, filho de pai inglês e mãe brasileira de origem italiana. Seu avô, o arquiteto Tomaso Bezzi, é autor dos projetos do Museu do Ipiranga (São Paulo) e do Clube Naval (Rio de Janeiro).
Principais infliências de Reidy: Le Corbusier, Walter Gropius e Mies Van Der Rohe |
Reidy teve várias influências no seu trabalho, dentre eles Le Corbusier, Walter Gropius (Bauhaus), Mies Van Der Rohe, com seus espaços livres entorno, além da pureza e sobriedade formal dos arquitetos da Bauhaus.
O primeiro projeto construído, em parceria com Gerson Pinheiro, foi o Albergue da Boa Vontade (1931), vencedor de concurso público em que o júri reunia representantes do setor privado e público, com participação do ministro do trabalho, indicando a importância que o governo dava à obra.
Construído no Bairro da Saúde, o Albergue é uma jóia da arquitetura que flerta entre o Déco e o Moderno e foi destinado inicialmente a abrigar homens de rua.
O prédio, com um traçado bem geométrico, possui alas distribuídas em torno de um pátio e janelas, colocadas de forma horizontal por toda a fachada, que proporcionam ventilação cruzada e iluminação, exigia condições especiais de higiene em espaços para serviços de triagem e atendimento médico, além de dormitórios e refeitório. O acesso principal consiste numa grande abertura que permite ao usuário total ligação entre o espaço urbano e o pátio interno do edifício. A planta é simétrica, destacando-se apenas a área onde está localizada a dispensa, onde foi adotada forma arredondada, além da utilização de laje plana na cobertura, uma inovação no Brasil.
Em 1930, leciona na escola onde se formou, contribuindo para a formação de uma geração de arquitetos que ficou conhecida como "escola carioca". Foi responsável pelas cadeiras de desenho e planejamento urbano.
Reidy assume desde cedo o compromisso com as necessidades da sociedade, mas também achava impossível para um arquiteto que defende idéias avançadas, viver do produto do seu ateliê. A maior parte de sua obra foi realizada no serviço público onde ingressou em 1932.
Em 1954, projeta o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, obra de concepção estrutural arrojada, logo após obter o primeiro prêmio da Exposição Internacional de Arquitetos da I Bienal de São Paulo, em 1953. Com o prestígio alcançado, é convidado a projetar o Museu Nacional do Kuwait.
Também é responsável pelos projetos do "Conjunto Habitacional da Gávea", projeto mutilado pela construção do Túnel Zuzu Angel, e do "Conjunto Habitacional Pedregulho", considerado arrojado pela sua concepção espacial e pela prioridade dada aos equipamentos de lazer e convivência. Os críticos costumam apontar os dois projetos como suas obras-primas.
Reidy foi o primeiro a propor um Centro Cívico no Brasil, conforme os “civic centers” americanos, no seu projeto para da área do desmonte do morro Santo Antônio, no Rio de Janeiro, em 1948.
O arquiteto e urbanista faleceu no Rio de Janeiro no ano de 1964.
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Obras mais famosas:
- Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1953)
- Condomínio Pedregulho (1947)
- Conjunto Habitacional Marquês de São Vicente (Minhocão da Gávea - 1952)
- Ministério da Educação e Saúde (Palácio Capanema - 1936)
- Teatro Armando Gonzaga (Teatro Popular de Marechal Hermes - 1950)
- Aterro e Parque do Flamengo (1953)
O primeiro projeto construído, em parceria com Gerson Pinheiro, foi o Albergue da Boa Vontade (1931), vencedor de concurso público em que o júri reunia representantes do setor privado e público, com participação do ministro do trabalho, indicando a importância que o governo dava à obra.
Construído no Bairro da Saúde, o Albergue é uma jóia da arquitetura que flerta entre o Déco e o Moderno e foi destinado inicialmente a abrigar homens de rua.
O prédio, com um traçado bem geométrico, possui alas distribuídas em torno de um pátio e janelas, colocadas de forma horizontal por toda a fachada, que proporcionam ventilação cruzada e iluminação, exigia condições especiais de higiene em espaços para serviços de triagem e atendimento médico, além de dormitórios e refeitório. O acesso principal consiste numa grande abertura que permite ao usuário total ligação entre o espaço urbano e o pátio interno do edifício. A planta é simétrica, destacando-se apenas a área onde está localizada a dispensa, onde foi adotada forma arredondada, além da utilização de laje plana na cobertura, uma inovação no Brasil.
Albergue da Boa Vontade, 1931 |
Em 1930, leciona na escola onde se formou, contribuindo para a formação de uma geração de arquitetos que ficou conhecida como "escola carioca". Foi responsável pelas cadeiras de desenho e planejamento urbano.
Reidy assume desde cedo o compromisso com as necessidades da sociedade, mas também achava impossível para um arquiteto que defende idéias avançadas, viver do produto do seu ateliê. A maior parte de sua obra foi realizada no serviço público onde ingressou em 1932.
Em 1954, projeta o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, obra de concepção estrutural arrojada, logo após obter o primeiro prêmio da Exposição Internacional de Arquitetos da I Bienal de São Paulo, em 1953. Com o prestígio alcançado, é convidado a projetar o Museu Nacional do Kuwait.
Também é responsável pelos projetos do "Conjunto Habitacional da Gávea", projeto mutilado pela construção do Túnel Zuzu Angel, e do "Conjunto Habitacional Pedregulho", considerado arrojado pela sua concepção espacial e pela prioridade dada aos equipamentos de lazer e convivência. Os críticos costumam apontar os dois projetos como suas obras-primas.
Reidy foi o primeiro a propor um Centro Cívico no Brasil, conforme os “civic centers” americanos, no seu projeto para da área do desmonte do morro Santo Antônio, no Rio de Janeiro, em 1948.
O arquiteto e urbanista faleceu no Rio de Janeiro no ano de 1964.
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Obras mais famosas:
- Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1953)
- Condomínio Pedregulho (1947)
- Conjunto Habitacional Marquês de São Vicente (Minhocão da Gávea - 1952)
- Ministério da Educação e Saúde (Palácio Capanema - 1936)
- Teatro Armando Gonzaga (Teatro Popular de Marechal Hermes - 1950)
- Aterro e Parque do Flamengo (1953)
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