terça-feira, 25 de outubro de 2011

Documentário sobre a obra do arquiteto Affonso Eduardo Reidy estreia em 11 de novembro nos cinemas

Dirigido por Ana Maria Magalhães, Reidy, A Construção da Utopia, tem depoimentos de Paulo Mendes Rocha, Lucio Costa, Carmen Portinho e Roland Castro

O longa de Ana Maria Magalhães recebeu o prêmio de melhor documentário de longa-metragem no Festival do Rio 2009. Entra em cartaz no dia 11 de novembro em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Juiz de Fora e Fortaleza.
Nascido em Paris e radicado no Rio, o urbanista Affonso Eduardo Reidy é um dos pioneiros da arquitetura moderna. Em projetos notáveis, como o Conjunto Habitacional do Perdregulho.com o qual ganhou a Bienal de 1953, e o Museu de Arte Moderna, Reidy apresenta apuro arquitetônico e elege o homem como o centro de suas atenções.
O filme “Reidy, a construção da Utopia” aborda a sua trajetória desde os anos 30 até a construção do Aterro e Parque do Flamengo, em que retorna a cidade como tema central de sua arquitetura. Textos do próprio arquiteto nos contam suas alegrias, decepções e vitórias, além da iluminada contribuição para o Rio de Janeiro nos tempos modernos.
Sua obra é debatida nas entrevistas exclusivas do urbanista Lucio Costa, para quem Reidy era o mais elegante e civilizado de sua geração; da engenharia Carmen Portinho, parceira no Pedregulho e no MAM; do arquiteto Paulo Mendes da Rocha que o relaciona ao urbanismo contemporâneo e do francês Roland Castro que apresenta um contraponto entre Paris e o Rio.
Com uma arquitetura generosa e alegre, de significação pública, social e estética, que proporciona bem estar e contato com a natureza. Reidy faz parte do cotidiano dos Brasileiros. O filme resgata do anônimo um arquiteto popular, como atesta o sucesso do Parque do Flamengo, espaço amplamente utilizado e marco da cidade.
Ao construir a paisagem urbana do Rio, Reidy promove a sua transformação em cidade moderna. A atualidade de sua obra permite abordar, entre outros temas, o problema da habitação com o crescimento das favelas, o apartheid urbano na divisão entre bairros ricos e pobres, a função social da arquitetura e a capacidade de ação da utopia em transformar o que se pensa e deseja em realidade concreta e construída.
Vivemos um momento de valorização mundial do urbanismo com o reconhecimento crescente da importância das cidades no desenvolvimento dos países. E o trabalho de Reidy nos revela o quanto à arquitetura é decisiva para a vida dos habitantes das cidades.

Ana Maria Magalhães nasceu no Rio de Janeiro em 1950 e aos 15 anos iniciou sua carreira como atriz em Les Amants de La Mer, de Antonine d’Ormesson. Atuou em alguns filmes de grandes realizadores brasileiros: Como era gostoso o meu francês, de Nelson Pereira dos Santos (1970); Quando o Carnaval Chegar, de Cacá Diegues (1972); Lúcio Flavio, o passageiro da agonia, de Hector Babenco (1977); e A Idade da Terra, de Glauber Rocha (1980).
Como diretora recebeu vários prêmios, entre eles: Melhor Filme Experimental com Assaltaram a Gramática (1984) na Jornada de Curta Metragem de Salvador. Prêmio Espacial do Júri do Festival de Brasília com O Bebê (1987), e Margarida de Prata da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) com Mangueira do Amanhã (1993).

FICHA TÉCNICA
2009, 35mm, 77 minutos
DIREÇÃO, ROTEIRO e PRODUÇÃO: Ana Maria Magalhães
PRODUÇÃO: Clear Channel
DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA : Dib Lutfi
DIREÇÃO DE ARTE: Carlos Liuzzi
Edição: Marcelo Pedrazzi
SOM: Dolby Digital
EDIÇÃO DE SOM: Beto Ferraz
PESQUISA: Adriana Cursino
DISTRIBUIÇÃO: Espaço Filme

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